– Tens muita fome?
– Nenhuma.
– Eu também não.
– Vamos passear um pouco…
Embalados pelo mar, caminhamos lado a lado, como a estrada nos levasse ao infinito. Eu contava-te quem sou e as minhas histórias faziam-te rir. E o teu sorriso fazia-me amar-te.
Precisava de mais. De sentir nos meus lábios o teu sorriso.
Embalados pelo mar, matamos a saudade e reduzimos a infinita distância das nossas vidas a um beijo que teve tanto de doce, como de salgado; um beijo que resumiu a alguns minutos as histórias que te faziam rir.
Depois veio o silêncio.
Embalados pelo mar, ali ficamos e o silêncio transformou-se em música… aquela música que tanto nos fez perder entre suores e paixões, nas noites de um Verão não muito longínquo.
Um beijo.
Embalados pelo mar, voltamos à estrada que nos levava ao infinito.