Este título é inacreditável face ao panorama político actual.
Com a excepção de Santana Lopes, nunca um Primeiro Ministro criou tantas condições de sucesso à oposição. Para além de constantes avanços e recuos nos mais diversos raios da acção política, José Sócrates é arrogante e chega até a ser mal-educado com os críticos, basta avaliar pelo forma como reage às manifestações.
Face a este cenário, o PSD tinha tudo para estar em primeiro nas sondagens. No entanto, o PSD não tem líder. Depois de moleza e inactividade de Marques Mendes, surge o desvario de ideias desconexas de Luis Filipe Menezes. Aliás, este Luis Filipe Menezes não é o LFM que geriu a Câmara de Gaia de forma exemplar e irrepreensível. É um LFM cansado, desgastado, sem equipa, que demonstra claramente que precisa da reforma e que não tem perfil para governar o país.
Durante a campanha para as eleições dentro do partido, tive oportunidade de estar presente num jantar de apoio à candidatura de LFM. Na sua intervenção política nesse jantar, LFM disse tudo o que havia de estar a dizer agora. Pôr o dedo na ferida, mostrar ao país os podres deste Governo e, acima de tudo, mostrar uma alternativa credível para as eleições de 2009.
Mas não. Neste momento, LFM e o PSD são um barco que já não anda à deriva… simplesmente parou.
Por muito que isso me custe, o único partido neste momento a fazer o que tem que fazer é o Bloco de Esquerda. Apesar de transpirar demagogia, o BE continua a ser a única trombeta sonora que grita “o Rei vai nu!”.
Para alguém de direita, este cenário é triste, desolador e faz-nos perguntar quanto temos mais estaremos à espera de um líder como Sá Carneiro, Cavaco Silva ou Durão Barroso? Quando surgirá o Sarcozy português?
Em 2009, LFM irá sofrer uma derrota eleitoral sem precedentes na história do PSD. Portugal irá continuar a ser desgovernado pelo PS e, pior do que isto tudo, estaremos a perder tempo precioso no progresso do país.