Cosmética.
Areia para os olhos.
Para inglês ver.
Ou, simplesmente, falta de senso, falta de sentido de ridículo, falta de vergonha.
O barco afunda e, no entanto, continuamos orgulhosos de ser o maior barco de sempre, mas ele continua a afundar.
As tropas americanas entravam em Bagdade e o Ministro da Guerra Iraquiano afirmava que os ianques iam arder dentro das fardas.
O amor próprio perdeu-se?
Assumimos, definitivamente, a nossa própria prostituição?
Já diz o povo que “mais vale parecer do que ser”…
E estes parecem. Mas estão longe de o ser. Estão cada vez mais longe de o ser e um dia a máscara tão bem moldada vai cair.
Alguém já gritou “o Rei vai nu”. Mas o Rei, egoísta, orgulhoso, mandou matar tão infame caluniador. Mas continua nu. Despido. Vestido apenas com o manto da ilusão por si próprio tecido.
“O Rei vai nu” grita outro corajoso e novo pelotão de fuzilamento avança. E são sempre os mesmos. O mesmo esquadrão da morte. Tão, ou mais, despido que o próprio rei.
Sucedem-se os gritos de “O Rei vai nu”, “o navia afunda”, “salve-se quem puder” e o esquadrão da morte dispara, degola, assassina.
E o ansiado dia da glória eterna aproxima-se e aproxima-se, também, o dia da suprema humilhação.
“Vou realizar uma vingança terrível contra eles, com violentos castigos, para que saibam que eu sou o Senhor, quando me vingar deles.” Ezequiel, 25:17