Desde o início destas publicações sobre “Clássicos Filarmónicos”, a “Serranesca” estava na calha. Contudo, era difícil para mim falar sobre uma obra que conhecia mal, basicamente, apenas a partir dos relatos de outros colegas que já a tinham tocado.
Uma obra daquelas que se encontrava nos famosos “papéis amarelos”, manuscritos, de que todos falavam com entusiasmo e um “brilhozinho nos olhos”. Uma composição com “cheiro” a arraial, povo, festa, alegria, mas também a melancolia lusitana.
A filarmonia é também isto, a partilha de emoções, de geração em geração.
Depois de já ter falado de Silva Marques, aquando da reflexão sobre o “Capricho Varino“, aqui fica mais uma das suas obras mais marcantes, numa bela interpretação da Banda de Golães, sob a batuta de Filipe Silva, num registo da Afináudio.