CLÁSSICOS FILARMÓNICOS
3ª Temporada – “Qual é que vai?”
Na actualidade, a variedade de compositores a soltarem marchas para as nossas cadernetas é grande. Aliás, é por este género de escrita que muita gente se inicia nas lides da composição.
No entanto, em 1993, quando comecei a contactar com a realidade do trrrau – tau – tau – tau – trrrau, dois nomes, com o mesmo apelido, dominavam as marchas que eram executadas em entradas, arruadas e despedidas: Fernando e Ilídio Costa.
“Saudação a Mateus”, de Fernando Costa, foi a primeira marcha que “toquei”. Num sábado à tarde, nas célebres aulas na Sociedade Filarmónica de Crestuma, o sr. Rufino, nosso professor, desafiou o pessoal a pegar nos instrumentos. Eu ainda não tinha instrumento, andava apenas no solfejo, fui para o bombo (e foi o início de uma linda amizade). Estavam por lá alguns colegas mais experientes e ajudaram-nos a tocar a esta marcha.
Curiosamente, tempos mais tarde, quando desfilei pela primeira vez, com uma caixa pendurada ao pescoço, foi precisamente esta marcha a ser tocada.
Apesar de sentir que é uma marcha que, pela sua simplicidade, algumas bandas terão “vergonha” de tocar, tem um grande valor emocional para mim e, por isso, quando há uns anos, na Banda de Souto, o Manuel Luís Azevedo a recuperou para as cadernetas fiquei tão feliz como se fosse tocar a 9ª Sinfonia de Beethoven.
Aqui fica na interpretação da Banda de Golães, dirigida por Filipe Silva.
Vídeo de Damião Silva.