Quando comecei a tocar em filarmónicas, há 25 anos, a despedida das bandas, no final dos serviços era uma coisa simples: uma duas marchas e a coisa estava feita.
Não satisfeitas com isso, algumas bandas começaram a introduzir as “laironas” tipo “Filhos da Nação” e quejandos. Momentos de grande entusiasmo e zero qualidade musical.
E eu disse:
“Qualquer dia ainda alguém se vai lembrar de cantar nas despedidas.”
E então vieram as “canções de despedida”.
E, um momento que costumava ser breve e rápido, começou a demorar uma eternidade.
Então, eu disse:
“Bem… agora só falta as bandas começarem a dançar nas despedidas…”
E a minha profecia cumpriu-se.
“…cumprimos nossa missão.”
Um amigo meu costuma dizer que “quem canta muito, toca pouco.”
“…iremos por aí fora, cheios de satisfação.”
Ok. Por mim, chega.