(texto inicialmente publicado no Facebook a 4 de Maio de 2021)
Todos reconhecemos que as rapsódias “à moda antiga” são inigualáveis, mas houve uma altura em que já estávamos fartos de terminar as festas com meia-hora de marchas, fados, viras e malhões, depois e termos passado todo o dia a “malhar”.
Por isso, quando ouvimos o “Português Suave” pela primeira vez, ficamos rendidos.
8 minutos, temas bem conhecidos do nosso imaginário, numa linguagem actual, por vezes swingada, outras vezes “rockada”, com a banda soar como uma big band, sem faltar a tradicional marcha final, com um flautim feérico.
Carlos Marques mostra-se nesta obra um exímio conhecedor da linguagem da música ligeira, fruto da sua experiência nesta área, nomeadamente nos 9 anos em que tocou trompete na Orquestra Ligeira do Exército. Aliás, para esta orquestra foi também compositor e, nesse reportório, há um tema chamado “Memórias I”. Procurem no Youtube e depois digam-me se reconhecem.
Por incrível que pareça, tive dificuldade em encontrar boas gravações disto no Youtube.
Por isso, novamente a Banda de Famalicão, dirigida pelo Manuel Fernando Marinho Costa.