CLÁSSICOS FILARMÓNICOS
4ª Temporada – “Procura aí o papel…”
E mais uma da série Ribeiro da Silva.
A meu ver “Portugal a Cantar”, juntamente com “Desfolhando Cantigas” e “Aguarela Popular”, formam a trilogia perfeita daquilo que é uma rapsódia com “R”.
São obras com som, cor e cheiro, que mexem com todos os nossos sentidos. Ao ouvi-las, viajamos automaticamente para uma qualquer romaria entre Douro e Minho, concerto da noite, arcos iluminados, a igreja decorada, cheiro a pipocas e bifanas, luar de Agosto, casacos nas costas das cadeiras.
O trompetista que ainda tem lábio para mais um solo, a outra banda que vai descendo do coreto para a despedida. É o dar tudo até ao fim, porque nem só de calhaus vive o homem.
A nostalgia filarmónica… a nostalgia popular… “a Festa da Senhora da Agonia e o cansaço…”
De todos os textos escritos para esta rúbrica este será o mais escasso, porque há emoções que não se escrevem.
“Portugal a Cantar”, num registo atribuído à Banda da Trofa, mas não posso afirmar com exatidão que o seja.