A terminar o ano, um Clássico que não será propriamente “Clássico Filarmónico”, pois não se ouve muito por aí. Aliás, ao longo do meu percurso filarmónico, só toquei esta obra na Banda Visconde de Salreu.
No entanto, penso que faz todo o sentido partilhar a “Pompa e Circunstância” no dia de hoje, pelo seu carácter solene, nobre, épico e empolgante. E, porque não, começarmos todos a tocar isto mais vezes?
Esta é a primeira de seis marchas escritas por Elgar, com título inspirado num trecho do terceiro acto de Otelo, de Shakespeare. Estreada em Liverpool, em 1901, foi dedicada ao seu amigo Alfred Rodewald e a todos os membros da Liverpool Orchestral Society, tendo sido dirigida pelo homenageado.
O Trio contém a melodia conhecida como “Land of Hope and Glory”. Em 1902, a melodia foi reutilizada, de forma modificada, para a seção “Land of Hopeand Glory” da Ode de Coroação para o rei Eduardo VII. A letra foi modificada para se ajustar à melodia original e, como resultado, tornou-se desde então um dos mais importantes momentos no “Last Night of the Proms”, um hino desportivo inglês e uma canção patriótica britânica.
Os americanos também gostam muito disto para as suas famosas cerimónias de formatura.
Aqui fica na interpretação da inigulável banda dos “Marines”: