António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

“Hootenanny” – Walters

Junho 9th, 2021

(texto inicialmente publicado no Facebook, a 21 de Maio de 2021)

Quando entrei para a banda, os colegas mais velhos que já por lá andavam diziam “quando tocarmos a Hootenanny é que vais curtir!”
Azar do carago: nunca toquei a Hootenanny. Nem me recordo de o ter feito em algum “ganso”.
Hootenanny é um bonito “capricho” sobre algum do mais popular “folclore” americano.
O swing inicial (e tanta gente que ainda não sabe swingar…) inclui “Frankie And Johnny”, “Lonesome Road” e “John Henry”. Com uma mudança para um ritmo mais rápido, várias seções da banda são apresentadas com “Chicken Reel”, “Michael, Row The Boat” e “Arkansas Traveller”. “I’m On My Way” e “Down By The Riverside” encerram este medley exuberante!
Aqui fica na também exuberante interpretação da Banda de Tarouquela.

“Cavalaria Ligeira” – Suppé

Junho 9th, 2021

(texto inicialmente publicado no Facebook, a 20 de Maio de 2021)

Cavalaria Ligeira é uma opereta do compositor austríaco Franz von Suppé que caiu no esquecimento. A sua Abertura, contudo, contraria este destino e faz parte do repertório de orquestras de todo o mundo e de bandas filarmónicas em Portugal!
Mais uma memória dos idos de 1994/95 quando comecei a tocar. Ao ouvir isto na preparação desta publicação, fui transportado para um qualquer coreto iluminado, num concerto da noite…
Lembro-me também das dificuldades em manter o andamento quando tocava bombo ou pratos, sob o olhar de fúria do José Moura 😂😂😂
E cuidado que a Cavalaria Ligeira é bem mais difícil do que parece.
Banda de Antas (Esposende) sob a direcção do Maestro Diogo Costa.

“Campos Verdes” – Ilídio Costa

Junho 9th, 2021

(texto publicado inicialmente no Facebook, a 19 de Maio)

 

Como costumo dizer, esta é uma rúbrica de memórias e uma das mais remotas memórias filarmónicas que tenho tem a ver com esta marcha de concerto.
Curiosamente, acho que nunca a toquei, pelo menos em nenhuma das bandas onde fui efectivo. No entanto, nos meus primeiros anos ouvia-a bastantes vezes, por outras bandas. Aquela entrada e o primeiro tema ficaram-me gravados para sempre.
Nem preciso vos dizer quem é o compositor.
“Campos Verdes” – Sociedade Filarmónica Alvaiazerense de Santa Cecília. Maestro: Jorge Manuel Teixeira Nunes

“Tannhouser” – Wagner

Junho 9th, 2021

(texto inicialmente publicado no Facebook, a 18 de Maio de 2021)

O sagrado e o profano. A paixão carnal e o amor verdadeiro. O pecado e a redenção. São estes os dilemas que compõem o libretto da ópera “Tannhouser” de Richard Wagner.
A música de Wagner tem algo de hipnótico, místico, transcendente. Metais a “esgalhar” e madeiras a dar ao dedo.
Na verdade, aqueles “tiri-tiri-tiri-tiri-tiri-tiri-tiri-tiri-tiri” foram pensados para os violinos e não para malta que tem que inspirar e expirar.
Mas, para um bom clarinetista filarmónico, “enquanto houver língua e dedo, não há «tinhosa» que meta medo!”
José Ricardo Freitas, desculpa “partilhar-te” mais uma vez, mas a culpa é do nosso amigo Damião Silva.
Dia de “calhausada” nos “Clássicos Filarmónicas” com a abertura da ópera “Tannhouser”, na interpretação da Banda de Vilela.
(e tocar isto à primeira vista, na manhã de S. João, depois de ter dormido 45 minutos?)

“Paisagem Ribatejana” – Duarte Pestana

Junho 8th, 2021

(texto inicialmente publicado no Facebook, a 17 de Maio de 2021)

 

Série Pestana – Fantasia n.º 5
Da fantasia n.º 4 “Lisboa, coisa boa” não encontrei registos sonoros, portanto, saltamos para a “Paisagem Ribatejana”, continuando na onda do Fandango.
O tema tradicional do Ribatejo domina, de facto, esta obra, que o compositor dedicou à sua mãe.
Talvez por isso, seja uma orquestração “ternurenta” e, de certa forma, naif… (ai… como estou hoje…). Fica tão bem num concerto de gala como num coreto.
Já tive a oportunidade de tocar a “Paisagem Ribatejana” várias vezes e sabe-me sempre como a primeira vez. E a primeira vez foi com o maestro António Ferreira na Orquestra Filarmonia de Vermoim, a quem agradeço por me ter apresentado a obra e, já agora, pelos bons momentos que vivi enquanto músico daquela orquestra.
Partilho aqui a leitura da Banda dos Arcos, dirigida por Manuel Fernando Marinho Costa, num coreto.

“Santana – a portrait”

Junho 8th, 2021

(texto inicialmente publicado no Facebook, a 16 de Maio de 2021)

“Carlos Humberto Santana Barragán, mais conhecido como Santana ou Carlos Santana (Autlán de Navarro, 20 de julho de 1947), é um conhecido multi-instrumentista e compositor mexicano. Tornou-se famoso na década de 1960 com a banda Santana Blues Band, conhecida posteriormente apenas como Santana – mais precisamente com a sua atuação no Festival de Woodstock em 1969, onde ganhou projeção mundial.”
Obrigado, Wikipedia.
O meu professor de Clarinete, Saúl Silva, dizia que antes de começarmos a olhar para a pauta, devíamos olhar para o título, nome do compositor, para a época em que a peça foi escrita, ir ler sobre tudo isso, ouvirmos música idêntica e, só depois, começar a tocar.
Bem… eu acho que não é preciso tanto, mas seria bom que 99% dos saxofonistas que tocam isto, antes de decidirem inventar e “javardar” a peça toda, deviam ouvir como o próprio Santana toca Santana e perceber que a música dele sai do Coração e não dos dedos. A propósito disso, o concerto “Supernatural” está todinho no Youtube…. é só procurar.
De qualquer modo, a peça é boa e também eu já a javardei bastante na percussão. Portanto… hoje é Domingo e este medley, desculpem, este “portrait” fica bem a fechar o concerto da tarde, antes de irmos beber um fino para a procissão.
“Santana – a portrait” na leitura da Banda de S. Martinho da Gandra, dirigida por Hélder De Sousa Magalhães.

“Suite Alentejana” – Freitas Branco

Junho 8th, 2021

(texto inicialmente publicado no Facebook, a 15 de Maio de 2021)

Um clássico filarmónico, um clássico sinfónico, um Clássico.

Freitas Branco escreveu tão bem o original, que a transcrição sai com toda a naturalidade.
E soa, como poucas, muito bem numa banda.
Paulo Veiga dirige a Banda da Póvoa neste fabuloso “Fandango” da Suite Alentejana.

“Senhora do Ó” – Rocha Martins

Junho 8th, 2021

(texto inicialmente publicado no Facebook, a 13 de Maio de 2021)

Edição Extra – 13 de Maio.
Porque hoje é 13 de Maio, tinha que partilhar esta célebre marcha de Rocha Martins, icónico trompista da Banda da Trofa, que foi músico militar da GNR em Lisboa e ainda chegou a chefiar a banda do Porto já no fim da sua carreira.
É outra que faz sucesso entre clérigos e devotos, principalmente por incluir o célebre “Adeus de Fátima” na última repetição.
“Ó Fáaaaaatima, adeeeeuuuusssss…”
“Studio version” da Banda de Coimbrões, dirigida pelo maestro José Alexandre.

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.