Ali. Eles eram muitos e ele só. Só, não. Ele e ela.
Então ergueu a espada e apontou-a ao céu. Rapidamente a desceu, ferindo de morte, um atrás do outro.
Eles eram muitos mas tombavam.
Ele era só (e ela) mas continuava de pé.
Continuou. O tantas vezes cobarde fez-se, finalmente, corajoso. Encontrou força onde ela não existia. Encontrou a força que sempre teve e nunca soube.
Foi preciso sentir o medo. Foi preciso vê-lo cara a cara, para saber que tinha que o vencer. E só lutando podemos vencer.
Avançava.
E eles caíam.
E ele de pé.
A cada golpe mais confiante, seguro, livre. E ela com ele.
Conquistava aquilo que era seu desde sempre e seria seu para sempre… E não deixava um único sopro de vida nos que caíam.
Era altura de esquecer. Recomeçar e apontar a espada… em frente.
E eles caíam. E ela com ele.
Avançava entre cadáveres sem uma gota de sangue. Nem sua. Nem deles.
Deslizava, quase que voava.
E eles caíam.
No fim só ficou ele. E ela.
E nunca mais permitiu que eles voltassem… Nem ela…