CLÁSSICOS FILARMÓNICOS
INTERMEZZO
Estávamos em 1997, salvo o erro, e o meu primo António Mota diz-me: “tens que vir ver um concerto onde vou tocar, Orquestra de Sopros do Conservatório do Porto, dirigida pelo Maestro António Baptista!”
E lá fui até ao Fórum da Maia. Fui e acho que ainda lá estou.
Foi um dos concertos da minha vida. Uma orquestra de luxo, com alguns dos melhores músicos filarmónicos da época e da actualidade, alguns deles hoje professores e maestros, com um reportório inesquecível: The Typewritter, Les Papillons, o Coro dos Escravos de Nabucco, a Quarta Sinfonia de Alfred Reed, um Concerto para Trompa de Mozart, interpretado pelo nosso amigo Valdemar Sequeira e… Miss Saigon.
“O que é isto?”
Acho que cheguei a casa ainda de boca aberta, até porque voltamos a ouvir a obra no carro. Acho que terá sido com a Miss Saigon que percebi até onde uma orquestra de sopros, banda, o que seja, pode chegar.
Há quem diga que os arranjos de Johan de Meij são melhores que os originais.
Já tive a oportunidade de assistir ao vivo ao musical “Miss Saigon” e diria que o subtítulo do arranjo de de Meij está bem escolhido: a Symphonic Portrait.
Realmente, isto não é um simples medley. É uma reflexão do próprio de Meij sobre o arrepiante musical de Boublir e Schonberg, duo também responsável por “Os Miseráveis”.
Miss Saigon é a versão moderna de Madame Butterfly. O enredo conta a história sentimental de um soldado americano – Chris que se apaixona por uma linda nativa vietnamita – Kim – durante a Guerra do Vietname. A este propósito, convém dizer que, para meu espanto, o resumo do musical que a Molenaar tem no seu canal do Youtube está um bocado atrapalhado… a história não é bem assim, mas pronto.
Aqui fica na interpretação da Banda dos Bombeiros Voluntários de Torres Vedras:
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“Highlights from Chess” – Johan de Meij | António Pinheiro