António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

“Lusitanidades” – Carlos Marques

Junho 25th, 2021

(texto inicialmente publicado no Facebook a 23 de Junho de 2021)

 

Costuma-se dizer que a primeira vez nunca se esquece. E não me esqueço da primeira vez que toquei “Lusitanidades”, dirigido pelo meu amigo Diamantino Monteiro, papel de tímpanos à primeira vista e cá vai disto.
“Lusitanidades” pegou em mim, atirou-me ao ar, fez-me rodopiar e a seguir estatelou-me no chão.
Tenho bonitas histórias com a “Lusitanidades”. Num concerto especial, deram-me o papel de lâminas e dizem assim “Isto é difícil, mas preciso que toque apenas nos ensaios, pois no concerto vem Fulano XPTO que toca isso na boa.”
E eu tudo bem.
Meia-hora antes do concerto: “Sr. Percussionista [nunca me tinham tratado assim], os papéis estão estudados? É que o Fulano XPTO afinal não vem.”
Correu bem? O importante é ter saúde.
Histórias à parte, gosto muito da obra. E é sem vergonha que digo que a secção da “Chuva” (solo de fliscorne”) faz-me sempre chorar… Obrigado, Carlos Marques.
“Encomendada pela Câmara Municipal de Espinho para ser interpretada no Dia do Munícipio, em 2011, Lusitanidades é uma selecção de música tradicional ou de cariz tradicional português, caracterizada por um ambiente alegre e informal.“
Para mim, é mais do que isso: é um lindo poema sinfónico sobre Portugal.
Aqui fica na interpretação da Banda Velha União Sanjoanense, dirigida por Arnaldo Costa, com gaitas de foles, bombos e cabeçudos e com uma excelente realização por parte da RTP. É difícil encontrar realizadores que respeitem a partitura nos planos que fazem.
Bom S. João a todos!

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.