(texto inicialmente publicado no Facebook, a 13 de Maio de 2021)
Vistam o casaco. Apertem as gravatas. Vamos entrar em solo sagrado.
Mundialmente conhecida e reconhecida como a “canção dos toureiros”. Podemos não ser aficionados, mas bastam as duas primeiras notas para saber do que se trata.
Obra mítica dos coretos portugueses, era o certificado de qualidade de um trompetista. Se tocasses “a Virgem”, tocavas qualquer coisa. Contratavam-se solistas de renome para isto. Durante anos travou centenas de duelos com os “Ares de Espanha”.
Apesar de creditada ao famoso trompetista Rafael Mendez (que a popularizou mundialmente), foi composta por Bernardino Bautista Monterde e Antonio Ortíz Calero. Também aparece por aí atribuída a Arturo Sandoval… (Google it).
Já me deparei com vários arranjos, sendo o mais popular em Portugal de Charles Koff.
A “Virgen” sempre teve uma aura de misticismo. A verdade, é que nem é preciso ter uma grande banda para a tocar. Só precisamos mesmo de um bom trompetista, daqueles sem medo, que se atire de cabeça. Tudo o resto é bastante acessível, desde que tocado com paixão.
Aqui fica na interpretação da Banda de Melres, dirigida pelo Professor Luís Macedo.