CLÁSSICOS FILARMÓNICOS
3ª Temporada – “Qual é que vai?”
Para quem acredita em Deus, esta marcha faz juz ao título.
E este texto poderia acabar aqui.
“Inspiração Divina” é aquela roupa que os nossos pais nos deram, mas só podemos usar ao Domingo.
É aquele brinquedo que fica guardado para não estragar.
É uma marcha que devia vir com o aviso “Não tentem isto em casa e sem a supervisão de um adulto responsável.”
“Inspiração Divina” é a marcha que mais vezes vi a quase “cair”.
Tem tanto de bela como de difícil e, principalmente, arriscada. É muito arriscado tocá-la em movimento com todo o “ruído” à volta de uma procissão.
Melodicamente, é quase um fado, é a devoção minhota na sua mais pura essência.
Em suma, é daquelas coisas que nós, filarmónicos, temos o privilégio de tocar e devemos fazê-lo com toda a solenidade.
E agora, as notas históricas…
“Família de industriais da área têxtil, os Coelho Lima foram fundadores das empresas “COELIMA – Indústrias Têxteis, S.A.” (em 1922) e “LAMEIRINHO – Indústria Têxtil, S.A.” (em 1948) empregadoras de milhares de famílias no concelho de Guimarães.
No plano cultural, o patriarca desta família – Manuel Martins Coelho Lima – foi o fundador da Sociedade Musical de Pevidém, em 1894, tendo sido regente (ou maestro) da banda desde a sua fundação e até 1928. O seu filho Albano Martins Coelho Lima foi maestro da banda entre 1929 e 1931, tendo depois sido Presidente da instituição durante longos anos. Joaquim Martins Coelho Lima, também filho do fundador da S.M.P., exerceu a função de maestro da banda entre 1960 e 1969, tendo igualmente presidido à instituição.
Albano de Abreu Coelho Lima foi Presidente da Sociedade Musical de Pevidém desde 1988, bem como seu benemérito durante todo esse período, tendo sido atribuído o seu nome à Academia de Música da Sociedade Musical de Pevidém, criada em 2016.”
Como não podia deixar de ser, aqui fica na interpretação da Banda de Pevidém, dirigida por Maciel Matos, num registo Afinaudio.