(texto inicialmente publicado no Facebook, a 2 de Maio de 2021)
Este clássico é mesmo clássico. É daqueles lá do fundo da pasta, já com papeis amarelados.
Lembro-me do primeiro despique a que assisti, poucos meses antes do meu concerto de estreia. Setembro de 1993, Festa da Sra. dos Remédios, Seixo-Alvo. Banda de Lever e Banda de Paramos.
A dada altura, sai isto do coreto da Banda de Paramos. No quadro onde era apresentado o nome das obras: “Incógnita”.
E, durante anos, fiquei a pensar que ninguém saberia o título da obra e, portanto, passou a ser a Incógnita.
O autor desta abertura no estilo filarmónico clássico português é Ângelo Moreira, nada mais nada mesmo, que o Ângelo Moreira da Pérola 59.
Se alguém souber porque é que a Incógnita se chama Incógnita e há um 59 à frente da Pérola, partilhem. Quero mesmo saber.
Ah… aquele solozinho de trompete para fazer chorar as pedras do adro.
Sim, porque a esta hora já está o adro cheio de gente à volta do coreto.
É Domingo e esta obra soa mesmo a Domingo.
Sociedade Filarmónica de Vilarchão, dirigida por Eduardo Carvalho.