…porque simplesmente o filme não me emocionou.
Ontem, em conversa com dois colegas de trabalho, fiquei a saber que é quase obrigatório chorar no “Titanic”. Aliás, antes de ter ido ver filme, já na fase derradeira de exibição, quase toda a gente me dizia: “Vais chorar tanto! É tão emocionante!”
No entanto, as pessoas esquecem-se que a noção de “emocionante” é muito relativa e nem todos nos emocionamos com as mesmas coisas.
No que diz respeito ao “Titanic”, por exemplo, o filme teve pontos em que chega a roçar o caricato, mas isto é apenas a minha opinião.
Contudo, há determinadas coisas na vida em que parece que a sociedade nos obriga a ter uma determinada postura. É obrigatório chorar no Titanic, é ultrapassado ser de direita, os animais são nossos amigos, as novelas da TVI não prestam, as férias são no Algarve… E por falar em férias! Uma vez, outro colega meu ficou chocado quando eu lhe disse que ia passar as minhas férias de Verão na Covilhã. A reacção dele foi “Então não vais para o Algarve?!?!?”
Não chorei no Titanic, sou de direita com muito orgulho, não acho assim tanta piada a animais, gosto das novelas da TVI e espero nunca ir passar férias ao Algarve!
Voltando à noção de “emocionante”, para que não fiquem com a ideia que tenho um coração de gelo, vou indicar-vos algumas coisas que de facto me emocionam:
– o final dos “Carmina Burana” de Carl Orff
– o filme “Shine, Simplesmente Genial”
– olhar para o mar revoltado num dia de chuva
– ouvir as V.E. a cantar
– ler os livros do Harry Potter e imaginar-me a voar numa vassoura sobre verdes montes da Escócia
– ouvir 3.000 pessoas, em pleno Coliseu do Porto, a cantar a plenos pulmões o “Porto Sentido” do Rui Veloso
– tocar clarinete durante 1h30, em improviso total
– a nona sinfonia de Beethoven
– o filme “Cidade dos Anjos”
– os filmes “Caça Fantasmas”
– os filmes Harry Potter
– ver 3.000 pessoas em pleno coliseu do Porto a fazerem em simultâneo o gesto do “É preciso ter calma”
– o Requiem de Mozart
…entre muitas outras coisas.
Como se costuma dizer, “o que seria do vermelho, se todos gostássemos de amarelo?”
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