Em Crestuma, quando organizamos alguma actividade de índole cultural/recreativo (e eu já organizei várias), corremos o risco de a mesma ser um tremendo fracasso. Não pela sua qualidade, mas pela ausência de público.
De facto, são mais os eventos “às moscas”, do que propriamente aqueles de “casa cheia”. Tirando as festas que envolvam crianças, os concertos da SFC e as festas do CNC, tudo resto, por norma, não atrai público.
Quando as V.E. tiveram a iniciativa de organizar um encontro de coros, estavam conscientes de que semanas de trabalho poderiam ter sido, em vão.
Contudo, tínhamos um objectivo bem concreto em mente: encher o Salão Nobre da Junta. Por isso, tudo foi pensado ao pormenor, numa organização que chegou a roçar o profissionalismo.
Orgulho-me de dizer que as três falhas que ocorreram no evento (sim… houve falhas!) foram completamente alheias às V.E. e à nossa parceira, a Junta de Freguesia de Crestuma. Foram fruto do acaso, situações que acontecem e que não podemos controlar.
Quando soubemos que o EC marcaria o encerramento das Comemorações da Elevação de Crestuma a Vila e do 25 de Abril, sentimos o peso da responsabilidade a aumentar mas, ganhamos um alento extra. Este facto, era a prova de que a JFC confiava e acreditava no nosso projecto.
Não vou comentar a qualidade dos coros e dos músicos intervenientes. Quem viu, só com muita má-fé poderá pôr em causa o talento dos cantores, maestros e instrumentistas presentes. Quem não viu, perdeu uma oportunidade única e pode começar já a sonhar com o Encontro de Coros “Crestuma 2009”.
Prefiro comentar a atitude das “minhas meninas”, que vestiram de forma soberba o papel de anfitriãs; os seus sorrisos, o seu empenho em receber os convidados, o seu brilho, a sua alegria, o orgulho no seu projecto.
Prefiro comentar os aplausos, a interactividade entre público e artistas e a forma fluída como decorreu o espectáculo.
Prefiro comentar a apoteose final ao som da tão crestumense “Fonte Velha”, com um coro de jovens entregues num hino ao passado, abraçando todo o público como uma só alma, deixando antever que o futuro de Crestuma está bem entregue.
Prefiro comentar a boa disposição que os Sax4Fun! e o meu grande amigo Rui Pereira deixaram em palco.
Prefiro comentar os abraços e comentários de “parabéns!” e “foi um sucesso”; as mensagens que recebi mesmo de quem não pôde estar presente.
Sinceramente, passados vários dias, não consigo esquecer aquela noite… Porque tudo foi como um sonho.
As V.E., que tantas vezes foram alvos de hostilidade, que tantas vezes viram o seu talento posto em causa, que tantas vezes foram menosprezadas e criticadas, voaram num turbilhão de cores e alegria. Que orgulhoso estou por elas! Elas merecem todos os elogios e mais alguns!
Não é fácil, o papel delas, não é fácil… mas o fogo de artifício com que o EC foi encerrado transmite aquilo que é o coração de uma V.E.
A terminar este devaneio egocêntrico e presunçoso, quero apenas deixar o meu profundo agradecimento a todos os que, de uma forma ou outra, contribuiram para o sucesso do “Crestuma 2008” e nos ajudaram a realizar o nosso sonho!
Fiquem atentos, as V.E. vão voar por aí!
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