Ouvi hoje na TSF alguém dizer que, nos nossos dias, quem discute não procura consenso, mas confronto.
Lembrei-me de imediato de um amigo que dizia “na minha rua há gente que, se for preciso, paga para andar à porrada.”
Por isso as discussões são cada vez mais esforços vãos e estéreis. Não vale a pena argumentar, explanar pontos de vista se, do outro lado, só encontramos mentes duras, fechadas e que só querem fazer barulho.
“Andar à porrada”.
Não interessa ter, ou não razão. O que interessa é gritar e, se possível, insultando e diminuindo o outro.
Por alturas do 25 de Abril, apanhei um post no meu feed que dizia “e não adianta virem para aqui dar a vossa opinião, porque não me interessa”. Poética forma de defender a liberdade.
“Não me interessa.”
Tudo resumido em três palavras.
E o consenso, a paz de espírito, a tranquilidade até são vistos e interpretados como sinais de fraqueza, quando a História do Mundo nos mostra exactamente o contrário.
Paz.