António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

O Ensino em Portugal

Setembro 5th, 2010

O texto que abaixo publico chegou-me através de email e poderá ser entendido como um simples exercício de humor. Contudo, as recentes declarações da Ministra da Educação, levam-me a acreditar que este texto é uma previsão muito aproximada daquilo que será, num futuro demasiado próximo, o sistema de ensino em Portugal:

CRIDO DEÁRIO!

29 de Junho de 2009
paçei o 5º anuh. A p*ta da stora de mat, k é a nossa dt, n m kria deixar paçar pk eu tnh nega a td menus a ginástica, pk jogo bem há bola, e o crl… mas a gaija f*deu-se puke a ministra da idukaxão mandou dizer ao ppl k penxam q mandam aí nas xkolas masé pa baixarem os kornos k tds os socios com menos de 12 anus teiem de paçar… axu bem.

29 de Junho de 2010
passei o 6º anuh. ainda bem q ainda n fiz 13 anus, q ódpx podia n passar, qesta cena de passar com buéda negas é só até aos 12…f*da-se, fiquei buéda f*dido na m*rda deste ano, e ó c*ralho, o pan*leiro do stor d educassão física deu-me a m*rda do 2… assim tive nega a tudo… ainda bem q a ministra da iduqaxão é porreira, ela é qé uma sócia sbem: a xqola n serve pa nada, é uma seca. tive q aprender que os K’s se escrevem Q, qomo em “xqola” e não “xkola”, e que “passar” não é qom Ç… a xqola é porreira só pa qurtir qas damas qd gente se balda…

29 de Junho de 2011
Passei o 7º ano. Exte anuh ia chumbando pq tive nega a qase td menos a área de projetuh, mas aqela cena tb é facil, n se fax nd… Exte anuh a dt disseme q eu passava pq tinha aprendido qas fraxex qomexam qom letra maiúscula e pq m abituei a exqrever qom Q em vez de K, tipuh agora ja xei xqrever “eu qomo qogumelos qom quentruhs” em vez de “eu komo kogumelos kom kuentruhs”. É fixolas, pode xer qum dia venha a ser um gamela famôzo…

29 de Junho de 2013
Passei o 9º ano. Foi buéda fácil, pqu a prof paxou-me logo. Fui ao quadro xqurever uma sena em qu dezia tipuh “aquela janela”, e eu exqurevi “aqela janela”, pqu dixeram-me qu n se xkqureve “akela”, é quom Q e não quom K. Mas a profs desatinou quomiguh e dixe qu eu tnh qu pôr o U à frente do Q… Pur ixu exte anuh aprendi qu o Q leva U à frente. No próximuh anuh é o 10º, vou pá sequndária…

29 de Junho de 2014
Aquabei o 10º ano. Não foi muituh difícil só tive que aprender-mos a não exqureverem quom aberviaturas purque nem todas as palavras xe puderam aberviar mas ixtu foi uma bequa para o quompliquado purque quom esta sena do QU em vex de K e das aberviaturas exqueceramme de quomo é que se faxião os verbuhs nos tempuhs e nas pexoas, ou lá o que é… Mas a prof disse tass bem que no prócimo anuh a gente vê ixu.

29 de Junho de 2015
Passou o 11º ano. Foi mais fácil que o 10º. Aprendi que as frases devem ser mais qurtax. E aprendi também que “ano” não esqureve “anuh”. Axo que no prócimo ano vai ser mais difícil. Purque a xeguir é a faquldade.

29 de Junho de 2016
Acabou o 12º. Fiquei buéda confuso porque tive de aprender a diferenxa entre usar o QU e o C, tipo “esCrever” e não “esQUrever”. Quando eu usava o K era buéda mais fácil… A prof de português é buéda religiosa e anda a ouvir vozes de deus, porque dixe-me que eu não merexia passar, mas “xão ordens lá de xima”…

29 de Junho de 2017
Já fiz o primeiro ano da faculdade. Estou em ingenharia cevil na universidade lusófona. Tive um stor buéda mal iducado que me disse que eu era um ignorante porque às vezes escrevia com X em vez de CH, S ou C. Mas o meu pai veio cá com uma moca de rio maior e chegou-lhe a rôpa ao pelo. E depois fomos fazer queixa do gajo e a ministra despediu-o porque o gajo, não sei quê, parece que quis vir estragar aqui um muro nosso. Mas não sei essas senas. O meu pai é que me explicou uma cena qualquer de “danos murais”… O que é bom é que a ministra da iducação continua a mandar aqui nestes sócios da faculdade para eles não levantarem a garimpa contra nós.

29 de Junho de 2019
Acabei a minha licenciatura porque a ministra da iducação disse que tinhamos que passar sempre mesmo que não tivessemos notas, para não ficarmos astigmatizados. Acho que é uma cena que dá nos olhos quando se estuda muito. Agora vou fazer um mestrado e disseram-me que, quando acabar, vou ficar mestre. Eu quero ser de Kung-Fu.

29 de Junho de 2021
Já sou mestre. Afinal não sou de Kung Fu, sou de engenharia cevil. Os meus profs disseram que eu não devia estar em mestrado porque ainda não estava preparado, mas eu disse que o meu pai tinha uma moca de rio maior e que era amigo da ministra e já tinha mandado um bacano da laia deles para a rua e eles calaramsse. Agora vou fazer um doutoramento, porque a ministra da iducação diz que se não deixarem um aluno fazer o doutoramento só por causa das notas, ele fica com a auto-estima em baixo e isso perjudica a aprendizajem.

29 de Junho de 2023
Sou doutor. O meu orientador da tese ficou muito satisfeito porque eu já não dou erros ortográficos: ao longo destes dois anos, aprendi a escrever “engenharia civil” em vez de “ingenharia cevil” e também porque aprendi que a ministra é da “educação” e não da “iducação”, mas lê-se assim. Entretantos casei. A minha dama chama-se Sónia e os pais dela ficaram muito felizes por ela ir casar com um doutor em engenharia civil. Ela não sabe ler nem escrever: só fez até ao 2º ano da licenciatura e depois foi trabalhar para o Minipreço. Já tá grávida.

29 de Outubro de 2023
Nasceu o meu filho! Chamei-lhe Júnior porque ele é mais novo que eu.

29 de Agosto de 2029
O Júnior vai fazer 6 anos daqui a 2 meses. Devia entrar para a escola este ano, mas estive a pensar muito bem e não o vou pôr na escola. Ele não precisa daquilo para nada, aprende em casa. Eu ensino-lhe a ler, que sou doutor, e a mãe ensina-lhe a fazer contas, que é caixa no Minipreço. A escola não vale nada. Acho que o sistema de ensino hoje em dia é uma m*rda. No meu tempo é que era bom.

Ecos de uma noite mágica

Agosto 25th, 2010

As pessoas que não gostam de futebol perguntam, muitas vezes, aos fanáticos como eu, “qual a piada de ver 22 marmanjos atrás de uma bola?”.

A resposta está em momentos únicos como a noite de ontem. É sabido que sou adepto do Futebol Clube do Porto. É sabido que, raramente, me empolgo com outros jogos que não os do meu clube.

A noite de ontem foi um desses raros momentos. Foi arrepiante ver o “pequeno” Braga vergar o grandioso Sevilha.

7 milhões de euros arrecadados. Para o Sevilha seria 20% do seu orçamento. Para o Braga… é a totalidade do seu orçamento anual.

Sporting Clube de Braga.

Uma equipa que, durante toda uma época (2009/2010) foi quase ignorada e desprezada por uma certa comunicação social (ainda hoje, após o feito histórico de ontem à noite, a capa do “jornal” Record é feita com um presumível reforço do Benfica).

Uma amiga minha, benfiquista, quando eu lhe disse que acreditava que o Braga seria Campeão Nacional, riu-se e disse “isso é impossível”.

O Braga terminou a Liga em 2º lugar com pontos que, em campeonatos de anos anteriores, lhe dariam a vitória.

O Braga ganhou dois jogos ao Sevilha e está na fase de grupos da Champions League.

O Braga pratica um futebol que o coloca, claramente, como candidato ao título português, apesar dos seus responsáveis continuarem com os pés assentes na terra e manterem um discurso prudente.

O Braga e o seu treinador dão uma lição de humildade e competência, não só ao restante mundo de futebol, mas a todo o país. Em Portugal, normalmente, fala-se muito e faz-se pouco.

Mas…

Domingos Paciência fala pouco, mas o que diz é assertivo e coerente. Ao contrário de outros “papagaios”, dificilmente encontraremos contradições no discurso de Domingos.

Domingos Paciência fala pouco, mas o seu trabalho está à vista.

O que aconteceu ontem à noite, em Sevilha, foi mais que um jogo de futebol. Eventualmente, terá sido o culminar (ou um dos culminares) de uma estratégia de gestão desportiva e empresarial, pensada, planeada a médio prazo.

Enquanto outros, com dinheiro vindo sabe-se lá de onde, passam o tempo a comprar jogadores, em busca de uma “cura milagrosa”, o Braga vem desde há uma década a construir uma estrutura que lhe permitiu, ao fim de todo este tempo, ter uma grande equipa.

A nível europeu, tudo o que vier daqui para a frente é lucro. Mas a nível interno, o Braga é claramente o 4º grande.

A Soldado Desconhecida

Agosto 13th, 2010

“Josefa, 21 anos, a viver com a mãe. Estudante de Engenharia Biomédica, trabalhadora de supermercado em part-time e bombeira voluntária. Acumulava trabalhos e não cargos – e essa pode ser uma primeira explicação para a não conhecermos. Afinal, um jovem daqueles que frequentamos nas revistas de consultório, arranja forma de chamar os holofotes. Se é futebolista, pinta o cabelo de cores impossíveis; se é cantora, mostra o futebolista com quem namora; e se quer ser mesmo importante, é mandatário de juventude. Não entra é na cabeça de uma jovem dispersar-se em ninharias acumuladas: um curso no Porto, caixeirinha em Santa Maria da Feira e bombeira de Verão. Daí não a conhecermos, à Josefa. Chegava-lhe, talvez, que um colega mais experiente dissesse dela: “Ela era das poucas pessoas com que um gajo sabia que podia contar nas piores alturas.” Enfim, 15 minutos de fama só se ocorresse um azar… Aconteceu: anteontem, Josefa morreu em Monte Mêda, Gondomar, cercada das chamas dos outros que foi apagar de graça. A morte de uma jovem é sempre uma coisa tão enorme para os seus que, evidentemente, nem trato aqui. Interessa-me, na Josefa, relevar o que ela nos disse: que há miúdos de 21 anos que são estudantes e trabalhadores e bombeiros, sem nós sabermos. Como é possível, nos dias comuns e não de tragédia, não ouvirmos falar das Josefas que são o sal da nossa terra?”
Por FERREIRA FERNANDES, Diário de Notícias

Ensaio sobre a coragem

Julho 7th, 2010

Há uns dois anos atrás, alguém disse: “o Pinheiro é um fixe, mas falta-lhe ambição”. Humildemente, reflecti sobre a frase e revi todo o meu percurso de vida. Listei todos os objectivos, todas as metas, tudo o que atingi e tudo o que falhei. Concluí que a minha ambição até era um pouco acima da média.

Hoje, recebi um SMS que, pretendendo ser ofensivo para com a minha pessoa, mostrou-me que eu sou um gajo corajoso como o caraças.

Quando era puto, e menos puto, os outros putos metiam-se comigo, por ter medo de bolas chutadas com força, por ter medo de cães, por ter medo, basicamente, de tudo e mais alguma coisa.

Ok… eu era um medricas. Contudo, houve algo onde nunca me acobardei: a defesa dos meus valores e das minhas convicções, mesmo sabendo que essa fidelidade a um conjunto de princípios poderia trazer-me dissabores a curto-médio prazo, como o SMS que “gentilmente” me endereçaram esta tarde.

Voltamos à velha questão da falta de argumentação que conduz à mentira, à difamação, ao insulto e, até mesmo à ameaça física. (para os mais distraídos, alguns textos aqui publicados há uns meses atrás valeram-me umas ameaças do tipo “vamos partir-lhe a cara toda”).

Ainda recentemente, há pouco menos de um mês, por fidelidade a uma pessoa a quem muito devo, alguém que, em três anos e meio, mudou a minha vida e me ajudou a ser uma pessoa e um músico melhor, tomei uma decisão que considero “corajosa”. Sabia, perfeitamente, que dois minutos após essa decisão ser pública, começaria o chorrilho de mentiras acerca da minha pessoa e atentados ao meu carácter. O facto é que esses “atentados” são, eles próprios, reveladores do carácter dos seus autores, ou seja, ao tentarem atingirem-me, cometem um acto suicida e aniquilam-se a eles próprios, como aconteceu esta tarde ao infeliz autor do SMS.

A decisão atrás aludida, para além de ser tomada em nome de uma forte amizade (algo que muita gente desconhece o que seja), foi tomada porque, se não a fizesse, iria contradizer valores que defendo publicamente há vários anos; se eu não tomasse essa decisão, iria ser infiel a mim próprio; se eu não tomasse essa decisão iria ser um verdadeiro cobarde.

Iria fazer o que outros fizeram: pensar uma coisa, fazer outra; iria render-me ao status quo; iria ser mais um robôt nas mãos de outros; iria deixar-me comprar como outros fizeram.

Hoje, por muitos SMSs que enviem, por muitos telefonemas que façam para amigos meus a dizerem “o Pinheiro é isto, é aquilo”, eu estou de bem comigo e de bem com o Mundo.

No próprio dia em que a bendita decisão foi tomada, recebi emails, SMS, telefonemas a darem-me os parabéns e palavras de incentivo para o futuro. Mensagens que ainda hoje vou recebendo.

Fechou-se uma porta, mas abriram-se inúmeras janelas. Sou hoje um homem mais “leve” e mais feliz.

Um sentimento que me inundou em Novembro de 2006, quando tomei uma decisão semelhante. Quatro anos depois, o filme repetiu-se quase na íntegra.

Mas, agora, sorrio. Sacudo o pó dos ombros e sigo em frente, enquanto os “porcos” insistem em “chafurdar no lodo” que eles próprios criaram.

Problema deles, não meu.

Eu tive a coragem de ser eu; tive a coragem de pensar com a minha cabeça; tive a coragem de defender as minhas ideias.

Ok, estou a armar-me aos cágados, mas é o que preciso deste momento. Acreditar em mim, no meu trajecto de vida, em tudo aquilo que já construí e vou continuar a construir. Afastar-me, definitivamente, de seres mesquinhos, pequenos e insignificantes que vagueiam pelo Mundo, girando em torno deles próprios.

Nota: Este texto, poderia, perfeitamente, ser reescrito citando, em vez da dita SMS que recebi hoje, um texto publicado há uns dois meses atrás na Internet, também ele sobre mim. Contudo, o autor desse texto (fiel seguidor deste blog), não merece tanta consideração de minha parte.

Uma lição sobre comunismo

Julho 1st, 2010

Um professor de economia a exercer numa Universidade, num dado dia, disse:

– “Nunca chumbei um só aluno antes, mas, uma vez, chumbei uma turma inteira”.

Esta turma em particular tinha insistido que o comunismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e “justo”.

O professor então disse:

– “Ok, vamos fazer uma experiencia comunista nesta turma. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas em provas.”

Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma, e, portanto seriam justas. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores…

Logo que a média das primeiras provas foi tirada, todos receberam 14 valores. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram, ficaram muito felizes com o resultado.

Quando o segundo teste foi realizado, os preguiçosos estudaram ainda menos – eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam da média das notas, portanto, agindo contra as suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos.

Em resultado, a segunda média dos testes foi 10 Valores. Ninguém gostou.

Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5 Valores.

As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da turma. Portanto, todos os alunos chumbaram… Para sua total surpresa.

O professor explicou que a experiencia comunista tinha falhado porque ela fora baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes.

Preguiça e mágoas foi o seu resultado.

“Quando a recompensa é grande”, disse, o professor, “o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós, mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável.”

Fonte: http://ainanas.com/must-see/experiencia-comunista-na-sala-de-aula/

Monte de entulho…

Junho 13th, 2010

Não sabia que título ia dar a este post. Então lembrei-me que os Deolinda estiveram quase para chamar “Monte de Entulho” ao seu novo álbum.

Apesar de andar com pouco tempo e sem grande assunto, senti-me na obrigação de escrever qualquer coisa, porque sei que tenho leitores fiéis.

(nesta altura, alguns dos meus leitores habituais estão a pensar: “finalmente, um título adequado ao que tu escreves…”)

1 – Três anos e meio depois, voltei a tomar uma decisão importante para a minha vida, baseada na fidelidade a uma amizade, no reconhecimento para com um trabalho, no respeito pelos meus princípios. E, acreditem que, apesar de difícil, deu-me uma enorme satisfação.

É tão bom saber e sentir que temos ideias próprias, um rumo para a nossa vida e que não somos apenas mais uma ovelha no rebanho.

É com uma certa pena que vejo pessoas que, até sendo inteligentes, se deixam controlar e manipular como bonecos articulados.

(neste momento, alguns dos meus leitores fiéis estão a pensar “já armou giga outra vez…”)

2 – Numa destas noites fui “perseguido” de carro. Um “piloto” qualquer resolveu encostar-se à minha traseira e pressionar-me para eu o deixar ultrapassar. Como não gosto desses tipos que, para compensar um pénis diminuto e a respectiva falta de sexo, usam a potência do carro, resolvi pôr “prego a fundo”.

Foi uma corrida interessante durante uns 5-6km, porque o “Fangio” não desistiu até ao cruzamento em que seguimos direcções opostas. Dizem os meus companheiros do carro que o “piloto” ia a rir-se. Fico feliz por contribuir para a boa disposição de alguém.

(nesta altura, alguns dos meus leitores habituais estão a preparar um extenso e elaborado texto em que me vão acusar de violar o código da estrada e incentivar ao excesso de velocidade).

3 – Ainda sobre as “quatro rodas”, hoje de tarde, depois de ter ido levar o meu amigo Nuno a casa, deparei-me com uma situação no mínimo caricata, no máximo ridícula. Veículo mal estacionado à beira-rio, ocupando meia faixa, fazendo com o trânsito se processasse de forma alternada nos dois sentidos. Uma confusão de todo o tamanho.

Normal, dirão vocês.

Não, não é normal, atendendo a que os proprietários do veículo, um casal idoso, se encontravam no seu interior, calma e tranquilamente. Ele a ler o jornal, ela a fazer croché, passivamente, enquanto à volta deles era a maior confusão de carros, manobras, buzinas…

(nesta altura, alguns dos meus leitores habituais estão a pensar “lá está ele a faltar ao respeito aos velhinhos…”)

4 – As vuvuzelas fizeram-me perder a vontade de ver futebol.

(nesta altura, alguns dos meus leitores habituais estão a pensar “logo agora que íamos organizar uma Masterclass destas gaitinhas…”)

5 –  A secção “Próximas actuações” está desactualizada. Assim, cumpre-me informar que a minha próxima actuação será com os Replay, nas Medas, nas comemorações do Rancho Folclórico local, na próxima sexta-feira, pelas 22h.

Depois, estarei com a Banda Marcial da Foz – Filarmónica do Porto, no dia 26, pelas 18h na Entronização dos novos Confrades da Confraria do Vinho do Porto (chique… não é?).

A Orquestra Ligeira “La Belle Époque” (dirigida por mim) estará no Encontro de Orquestras Ligeiras de Vagos (Praia da Vagueira), no dia 17 de Julho, pelas 21h30, juntamente com a fantástica Little Band de Vilela (dirigida pelo meu amigo Rui Leal) e a orquestras anfitriã.

Prevê-se uma excelente noite de música.

(nesta altura, alguns dos meus leitores habituais estão a pensar “lá está ele a armar-se…”)

E por hoje chega de entulho.

Boa semana a todos!

Para começar a semana…

Junho 6th, 2010

1 – Hoje fui à Casa da Música ver a Banda de Vilela. São poucos (raríssimos) os concertos a que assisto sem conseguir apontar pontos negativos… hoje foi um deles. Passe o exagero, do primeiro ao último minuto, tudo me pareceu perfeito na actuação da Banda de Vilela.

Para quem estuda, ou se interessa, pela Direcção Musical, o concerto de hoje foi uma verdadeira aula.

O Maestro José Ricardo Freitas provou, mais uma vez, que quem é bom não precisa de andar pelos quatro ventos a dizer “eu sou bom”, a exibir o C.V., ou a acenar com o cartão de aluno da escola onde estuda. “Basta” subir ao palco, pegar na batuta e deixar o talento fluir. É muito raro ver uma banda com tal entrosamento e cumplicidade entre músicos e maestro.

O reportório foi ambicioso, rico e variado. Houve praticamente tudo, até um medley e uma rapsódia!!!

E não tenho muito mais a dizer, a não ser que foi o melhor concerto a que já assisti por uma Banda Filarmónica.

Por fim, resta-me apenas deixar duas questões no ar:

a) Porque é que alguns “opinion makers” do meio filarmónico insistem em ignorar a superior qualidade da Banda de Vilela?

b) Porque é que quando citam nomes de grandes maestros, continuam a esquecer o nome José Ricardo Freitas?

2 – Descobri ontem que o dinheiro dos meus impostos é usado para pagar o Rendimento Social de Inserção a malta com sinais exteriores de riqueza e que trafica armas. Alguém me explica?

3 – Por vezes, assistimos ao mesmo filme duas vezes. A vantagem de assistir segunda vez é que, como sabemos o que vai acontecer, podemos sair a meio…

4 – Há uns tempos atrás, escrevi aqui sobre os MUSE. Os MUSE estiveram no Rock in Rio e eu vi que Deus existe.

5 – Finalmente, fui ao Sea Life. Gostei! O espaço está muito bem conseguido e sempre aprendemos mais alguma coisa. E eu que estive tão perto de ser o Director de Marketing daquilo… Ainda bem que não me escolheram: aquela zona é muito ventosa!

6 -Há Domingos que valem por toda uma semana…

Para começar a semana…

Maio 17th, 2010

1 – José Mourinho, 47 anos: Bi-campeão em Itália, em Portugal, em Inglaterra… Campeão Europeu com uma equipa portuguesa. É um senhor!

2 – Toda a gente critica os convocados de Queiroz. Mas, quando eu pergunto por sugestões ou alternativas, ninguém sabe responder…

3 – Ontem jogou-se a final da Taça de Portugal em futebol. Ninguém avisou os jornalistas do jornal Record… só esse facto pode explicar a capa da edição de hoje.

4 – Durante dois dias a Biblioteca Almeida Garrett, no Porto, esteve a abarrotar de gente para assistir ao 3º Encontro de Orquestras Ligeiras. Eu estive lá com a “La Belle Époque”.

Foi com muito prazer que a La Belle Époque participou neste evento, tendo a honra de abrir a tarde de ontem. Estou muito orgulhoso da prestação dos meus músicos e, apesar de já ter agradecido pessoalmente a cada um deles, fica aqui o reconhecimento público pelo trabalho que realizaram ontem.

Agradeço também as palavras de incentivo que me foram dirigidas no final do espectáculo por pessoas do público, no trajecto da sala para o carro, assim como os e-mails de felicitações que caíram na caixa de correio da La Belle Époque.

Tenho pena de ter tido um concerto no Sábado à noite que me impediu de assistir ao primeiro dia do evento. Primeiro, porque queria matar saudades da Let’s Groove, segundo, porque sou fã da Little Band de Vilela. De certeza que não irão faltar outras oportunidades.

Mais uma vez quero dar os meus parabéns ao Tony e à Let’s pela fantástica organização do evento. Conforme tive oportunidade de dizer ontem, a música ligeira precisa de eventos destes e é um consolo ver aquela sala a abarrotar!

5 – Excelente programa transmitido na passada sexta-feira, na RTP2, sobre a banda portuense X-Wife.

6 – Próxima sexta-feira, grande Concerto Coral-Sinfónico na Igreja de São João da Foz. Reportório moderno, arrojado e… para banda! A não perder! (O cartaz anda por aí no blog e no Facebook… eu vou estar a tocar…)

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.