Sem saber como, entrou no mundo dela. Era um mundo azul, como os seus olhos, como a pureza do seu amor.
As horas desfiavam palavras. As palavras eram ternura. A ternura tornou-se amor e o amor, vivido num terno beijo numa noite de verão, tornou-se em algo maior que nem eles sabiam aquilo que sentiam.
Aquele beijo foi mágico. Era o primeiro beijo deles, mas foi repetido até à eternidade. Ainda hoje, o sabor daquele beijo está preso aos seus lábios.
Um dia, deram as mãos e viajaram mais longe… cada vez mais longe! Mergulhados no toque dos seus corpos, na profundidade de olhares penetrantes, na loucura de beijos intermináveis, chegaram àquele ponto único, irrepetível, em que são apenas um só. Ele deixou de ser ele. Ela deixou de ser ela. E passaram a ser a materialização daquele algo maior que sentiram na noite do primeiro beijo.
Mas afinal, quando alguém ama assim, todos os beijos são o primeiro. Todas as vezes são a primeira vez e, sempre que os seus olhares se cruzam, descobrem-se novamente.