Há aqueles dias em que parece que não andamos, flutuamos… tal é a dor e o peso que se abatem nos nossos ossos.
Nesses dias, ouvimos “vai para casa dormir”. Pois eu acho que devemos fazer exactamente o contrário: sair de casa!
Passear, correr, saltar, dançar, para esgotar completamente as poucas energias que nos restam e, com elas, todo o stress.
Ontem foi um desses dias. Estive no escritório até às 20h30. A minha vontade era ir para casa e deitar-me ao comprido, talvez para no outro dia de manhã acordar ainda mais mole.
Fiz um desvio. Apesar de já ter ligado ao Tony a dizer “hoje não posso ir”, acabei por virar o carro em direcção a Miragaia. A D. Ana, amável como sempre, preparou-me um saboroso hambúrguer.
É verdade que durante o ensaio quase adormecia em cima do piano e mal via as notas que dançavam na pauta. Contudo, estava rodeado de amigos e, principalmente, rodeado de música.
Depois, o Telmo cantou o “My way” e cheguei à conclusão que há momentos na vida em que tem que ser mesmo “my way”. Como ontem. A minha “way” era ir àquele ensaio e deixar que a música me penetrasse no sangue, custasse o que custasse, ignorando a dor e o peso.
O Telmo não se calava e de seguida cantou “Fly me to the moon”.
O ensaio acabou e voltei para quem de facto me faz “fly to the moon”.
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