(texto inicialmente publicado no Facebook, a 8 de Junho de 2021)
Há quem avalie os compositores pelo tamanhão, dificuldade e impacto das suas obras. Está certo.
Eu avalio também e principalmente pelas emoções que despertam.
E pode uma pequena e simples marcha emocionar-nos? Claro. Há muitos exemplos nas nossas cadernetas, onde deveria andar “A Cidade” de Antero Ávila.
“Ah… é uma marcha de concerto.” Mas eu acho que se abdicarmos daquele ritardando, dá para se tocar na rua, às voltinhas da capela, para desenjoar do “Xabia”.
Uma marcha que tem o seu quê de americana, alemã, italiana e açoriana.
O timbre é inconfundivelmente do Antero.
Aqui na leitura da Banda Fórum – Filarmónica Portuguesa, dirigida, como sempre, por Afonso Alves.