António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

“1812” – Tchaikovsky

Maio 31st, 2021
Texto inicialmente publicado no Facebook, a 27 de Abril, de 2021
“Abertura Solene para o Ano de 1812 op. 49”
Abertura de Concerto para Orquestra Sinfónica com Banda, Artilharia e Sinos.
Um dia tinha que ser… Vamos lá ganhar fôlego.
Porque é que as bandas gostam tanto disto?
A resposta deve estar nas duas primeiras linhas da partitura original de orquestra.
Banda.
As primeiras duas linhas são para “Banda”: instrumentação “aberta” que consiste em “quaisquer instrumentos de metal extra” disponíveis. Nalgumas apresentações em ambientes fechados, a parte pode ser tocada num órgão. Bandas militares ou marciais também desempenham esse papel. Nota: a banda de música ou seu substituto deve tocar apenas durante o final.
Não sei se quando Tchaikovsky incluiu este “acrescento” na sua partitura tinha a noção de que séculos mais tarde, o “1812” seria um hit nas bandas. E, como todos os hits, é muito mal tocadinho.
Mas, curiosamente, até acho que, na última década temos assistido a interpretações cada vez melhores do “12” em arraial. Mais equilibradas, menos gritadas, no fundo, com mais cuidado.
Mas também, o que podemos esperar de uma obra onde o bombo tem que mandar tiros de canhão? Onde temos que malhar no carrilhão até aquilo empenar? É inevitável.
Partilho a interpretação da Banda de Golães, dirigida pelo Filipe Fonseca.

António Pinheiro

Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.